domingo, 18 de dezembro de 2011

Liberdade Cristã Conforme Leon Tolstoi


Leon Tolstoi: O REINO DE DEUS ESTÁ EM VÓS
Publicado em 1893 – Traduzido por: CEUNA PORTOCARRERO 2ª EDIÇÃO, 1994.
Liberdade

Fala-se de libertar a igreja da tutela do Estado, de dar liberdade aos cristãos. Há nisto um mal-entendido. A liberdade não pode ser concedida nem roubada aos cristãos: é sua propriedade inalienável; e ao falar em dá-la ou retomá-la, trata-se evidentemente não dos verdadeiros cristãos, mas daqueles que apenas usam este nome. O cristão não pode deixar de ser livre, porque nada e ninguém pode deter ou até retardar seu caminho para o objetivo por ele preestabelecido.!
Para sentir-se livre de qualquer poder humano, bastaria que o homem concebesse sua vida segundo a doutrina de Cristo, ou seja, compreendesse que sua vida não pertence nem a ele mesmo, nem a sua família, nem a sua pátria, mas somente Àquele que a concedeu, e que, portanto, deve observar não a lei de sua personalidade, de sua família ou de sua pátria, mas a lei que nada limita, a lei d'Aquele do qual provém. Bastar-lhe-ia compreender que o objetivo de toda a vida é observar a lei de Deus porque, diante desta lei que dá origem a todas as outras, todas as leis humanas assumiriam seu caráter obrigatório.
O cristão liberta-se, assim, de qualquer poder humano pelo fato de que considera a lei do amor, inata em cada um de nós e tornada consciente por Cristo, como a única norma de vida. Ele pode ser atingido pela violência, privado de sua liberdade material, dominado pelas paixões (aquele que comete pecado é escravo do pecado), mas não pode deixar de ser livre, não pode ser obrigado, por qualquer perigo ou por qualquer ameaça, a cometer uma ação contrária a sua consciência. Ele não pode ser coagido porque as privações e sofrimentos, ocasionados pelo conceito social da vida, que são tão fortes contra os homens, não agem sobre ele. As privações e sofrimentos, que roubam aos homens, por meio do conceito social, a felicidade para a qual vivem, longe de comprometer a do cristão, que reside no cumprimento da vontade de Deus, tornam-na ao contrário mais intensa, porque ele sofre por Deus.
Por isso o cristão não pode cumprir os mandamentos da lei externa, quando não estão de acordo com a lei divina do amor, como acontece com as exigências dos governos, e não pode sequer submeter-se a quem quer que seja ou ao que quer que seja, nem reconhecer qualquer submissão.
A promessa de submissão a qualquer governo — este ato considerado como a base da vida social — é a negação absoluta do cristianismo, porque prometer antecipadamente ser submisso às leis elaboradas pelos homens significa trair o cristianismo, que não reconhece, em todas as ocasiões da vida, senão a única lei divina do amor.
À época do antigo conceito, era possível prometer cumprir a vontade do poder sem infringir a de Deus que consistia na circuncisão, na observância do dia de sábado, na abstenção de certos alimentos. Uma coisa não contradizia a outra. Eis exatamente o que distingue a religião cristã daquelas que a precederam. Ela não reclama do homem determinados atos negativos externos, mas coloca-o, em relação a seus semelhantes, numa outra posição, da qual podem resultar atos muito diferentes que não se poderiam definir antecipadamente. Por isso o cristão não pode prometer cumprir uma vontade alheia sem saber em que ela consiste, nem obedecer às leis humanas variáveis, nem prometer fazer ou não algo num determinado tempo, porque ele ignora em que momento a lei cristã do amor, para a qual vive, pedir-lhe-á algo e o que lhe pedirá. Com tal promessa, o cristão declararia que a lei de Deus não é mais a única lei de sua vida.
O cristão que prometesse obedecer às leis humanas seria como um operário que, começando a servir um patrão, prometesse ao mesmo tempo obedecer às ordens de um estranho. Não é possível servir dois patrões simultaneamente.
O cristão liberta-se do poder humano pelo fato de que reconhece somente a vontade de Deus. E esta libertação acontece sem lutas, não pela destruição das formas atuais de vida, mas pela modificação do conceito de vida. Esta libertação ocorre porque o cristão, submetido à lei do amor a ele revelada pelo Mestre, considera qualquer violência inútil e condenável, e também porque as privações e os sofrimentos que dominam o homem social são para ele apenas condições inevitáveis da existência e porque suporta pacientemente, sem se rebelar, as doenças, a carestia e as outras calamidades.
O cristão age segundo a profecia adotada por seu Mestre: "Ele não discutirá nem clamará; nem sua voz nas ruas se ouvirá. Ele não quebrará o caniço rachado nem apagará a mecha que ainda fumega, até que conduza o Direito ao Triunfo" (Mt 12,19-20).
O cristão não disputa com outrem, não ataca o próximo, não usa de violência para com ninguém. Ao contrário, suporta a violência com resignação e, assim, se liberta e liberta o mundo de qualquer poder externo.
"Conhecereis a verdade e a verdade vos salvará." Caso houvesse dúvidas de que o cristianismo é uma verdade, a liberdade perfeita, experimentada sem restrições pelo homem tão logo este assimile o conceito cristão de vida, seria uma indiscutível prova de sua verdade.
Os homens, em seu atual estágio, assemelham-se a um enxame suspenso num ramo. Sua situação é provisória e deve, a qualquer custo, ser modificada. É preciso que ele voe e procure outra habitação. Cada uma das abelhas sabe disto e deseja mudar esta situação, mas estão presas umas às outras e não podem voar todas juntas, e o enxame permanece suspenso. Parece que não haveria saída nem para as abelhas, nem para os homens presos na rede do conceito social, se cada um não fosse dotado da faculdade de assimilar o conceito cristão.
Se nenhuma abelha levantasse voo sem esperar pelas outras, o enxame nunca mudaria de lugar, e se o homem que assimilou o conceito cristão não vivesse segundo este conceito, a humanidade nunca mudaria sua situação. Mas, como basta que uma abelha abra as asas e voe, para que uma segunda, uma terceira, uma décima, uma centésima, a sigam, e, assim, todo enxame levantará voo livremente; do mesmo modo bastaria que um só homem vivesse segundo os ensinamentos de Cristo para que um segundo, um terceiro, um centésimo seguissem seu exemplo, fazendo desaparecer o círculo vicioso da vida social, do qual não parece haver saída.
Mas os homens acham esse método muito longo e buscam um outro que os possa libertar a todos de uma só vez. Seria como se as abelhas achassem muito demorado desprenderem-se uma a uma e quisessem que todo o enxame levantasse voo de uma só vez. Mas isto é impossível, e enquanto a primeira, a segunda, a terceira, a centésima não abrirem as asas e voarem, todo o enxame permanecerá imóvel. Enquanto cada cristão não viver isoladamente segundo sua doutrina, as novas formas de vida não se estabelecerão.
Um dos mais estranhos fenômenos de nosso tempo é que a propaganda da escravidão, feita por governos que dela precisam, é também feita por partidários das teorias sociais que se consideram apóstolos da liberdade.
Estes homens anunciam que a melhoria das condições de vida, o acordo entre a realidade e a consciência, ocorrerá não em conseqüência de esforços pessoais de indivíduos isolados, mas com uma violenta reorganização da sociedade, que se produzirá por si só, não se sabe como. Dizem que não devemos caminhar para o objetivo com nossas próprias pernas, mas que é preciso esperar que se introduza sob nossos pés uma espécie de chão móvel que nos levará para onde devemos ir. Por isso devemos permanecer parados e dirigir todos nossos esforços para a criação desse chão imaginário.
Do ponto de vista econômico, sustenta-se uma teoria que pode ser formulada assim: "Quanto pior, melhor." Diz-se que quanto maior a concentração do capital e, em conseqüência, maior opressão dos trabalhadores, tanto mais próxima estará a libertação. Qualquer esforço pessoal para se libertar da opressão do capital é, portanto, inútil. Do ponto de vista político, prega-se que quanto maior o poder do Estado que se deve apoderar do domínio ainda livre da vida doméstica, tanto melhor irão as coisas; por isso é preciso pedir a intervenção do governo na vida doméstica. Do ponto de vista da política internacional, afirma-se que o aumento dos meios de destruição conduzirá à necessidade do desarmamento através de congressos, tribunais, arbitragem etc. E — curioso! — a inércia dos homens é tanta que aceitam estas teorias, embora todo o curso da vida, cada passo à frente, prove sua falsidade.
Os homens sofrem com a opressão e lhes é aconselhado procurar, para melhorar sua situação, métodos gerais que serão aplicados pelo poder ao qual devem continuar a se submeter. É mais evidente, contudo, que desta forma nada seria feito, pois, além de aumentar a força do poder e a intensidade da opressão, nenhum outro erro dos homens afasta-os mais do objetivo a que aspiram. Fazem toda espécie de tentativas e inventam toda espécie de métodos complicados para mudar a situação, mas não fazem o que seria necessário, não usam o método mais simples que consiste em não fazer aquilo que cria esta situação.
(p.80-82)

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

E com você, o que aconteceu?


Foto do Filme Forrest Gump (1994)
Eu escrevi esse texto ontem, na verdade, esse texto é um rascunho de uma peça. Se alguém encontrar algum erro é porque eu não fiz revisão. Leia e conte sua história ou de alguém que você conhece. 

E com você, o que aconteceu? 
Por: Jonas Lima _Cia de Teatro Jesus Chorou_

1ª Personagem, uma mulher: O motivo de ter saído da casa do Pai foi fofocas, mentiras, boatos que inventaram sobre ela.
Fala: Quando eu entreguei minha vida pra Jesus foi o dia mais feliz de minha vida. E logo comecei a me envolver no trabalho na igreja. Eu fazia parte do grupo de Jovens, eu cantava e era muito esforçada... Quando a gente vem pra Igreja pensa que não há inveja, intrigas, grupinhos e nem fofocas. E o que me fez sair da Igreja foi exatamente isso. Inventaram um monte de mentiras a meu respeito e sofri muito com isso. “Deus, o Senhor não fez nada! Onde o Senhor estava quando eu estava sofrendo?”. Agora estou aproveitando o melhor que a vida pode me oferecer: Festas, baladas, bebidas, sexo, sinto prazer em ficar com homens casados, pois foi a mentira que contaram a meu respeito. Mas já não aguento mais essa vida, hoje estou aqui. Será que Deus me aceitaria de volta?

2ª Personagem, um homem: O motivo de ter saído da casa do Pai foi dinheiro, riquezas, a vida “boa” que o dinheiro pode oferecer.
Fala: Antes de ter o emprego que eu tenho, que por sinal, é o emprego dos sonhos de qualquer pessoa. Eu não perdia um círculo de oração, participava de todos os cultos da Igreja (Era culto de domingo, não perdia o culto de Oração e ensino...) eu procurava onde tinha uma vigília. Orava muitas horas por dia, lia bastante a Bíblia. Eu pedia tanto esse emprego pra Jesus, que Ele me deu! É isso que você quer? Toma, é teu. Não demorou um mês, passei a frequentar as festas com os meus colegas de trabalho, comprei um carro, aí pronto! Comecei a ter confiança e a pegar a mulherada. Oração, pra quê? Agora eu tenho dinheiro. Jejum? Nem pensar, agora posso comer o que bem entender. O culto ficou muito chato, prefiro sair pra beber, ou melhor, passear no meu novo brinquedinho, comprei um Iate. Mas quando estou sozinho lembro de todas as promessas que fiz pra Deus caso ele me abençoasse financeiramente. Acho que as riquezas desse mundo tomaram conta do meu coração. O que posso fazer para que eu volte a amar a Deus mais que ao dinheiro?

3ª Personagem, uma mulher: Ela não saiu da casa do Pai, mas não consegue usufruir das bênçãos de ser filho.
Fala: Desde que eu me endento por gente, participo dessa Igreja. Nunca me desviei da Igreja. Mas eu não entendo, vivo mal-humorada, cara amarrada, sinto infeliz. Não consigo me alegrar com a vitória dos meus irmãos. Pareço o irmão mais velho da parábola do filho pródigo, tenho tudo mais consigo usufruir das benções de ser filho de Deus. Perdido na casa do Pai. Enclausurado em minhas certezas e aprisionado nas minhas dúvidas a respeito de Deus. Sei que há um Deus, mas será que Ele é tudo isso mesmo que falam sobre ele? Será que a Bíblia é um livro sagrado? Como pode ser, se ela foi escrita por homens? Eu estou aqui, mas não sei o motivo. Sabe Senhor, queria muito poder me entregar a ti de corpo, alma e espírito. Senhor estou aqui toca em meu coração esta noite, preciso tanto de ti oh Pai!

E com você, o que aconteceu?

Narrador: o que acabamos de ver e ouvir foram alguns exemplos de pessoas que de alguma maneira ouviram falar de Deus, outras até experimentaram o Poder se seu Amor. Mas por alguns desencontros da vida. Desistiram da Caminhada. Pra você está aqui esta noite se perguntando: “afinal de contas, onde está Deus quando eu estou sofrendo?” A resposta é simples, Deus estava Padecendo na Cruz, Jesus passou o que passou, por amor. O sacrifício de Jesus na Cruz foi pra perdoar os nossos pecados e nos dá vida, e vida em abundância.
Não importa o tamanho do seu pecado, o que importa é que Deus amava você e está muito interessado em perdoar os seus pecados, hoje é noite de deixar amor de Deus ser inundar o vosso coração. Você quer? Então não endureça o seu coração, saiba que Deus é maior que as mentiras que contaram sobre você Ele é a Luz que ilumina os nossos passos. Se você não sabe lidar com o dinheiro que tens ganhado, hoje é noite de entregar no altar do Senhor, o que a Ele pertence e não se preocupe o Espírito Santo, através da Palavra de Deus limpará de seu Coração a avareza e habitará em Vós.


Hoje é noite de festa o Pai está de braços aberto dizendo: “Filho meu dá-me o teu coração”. “Aquele que vim a mim de maneira nenhuma eu lançarei fora”. “Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso. Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para as suas almas. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”. “Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele, e ele comigo. “Ao vencedor darei o direito de sentar-se comigo em meu trono, assim como eu também venci e sentei-me com meu Pai em seu trono. Aquele que tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas”.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

As Principais Confusões dos Religiosos - Por Rev. Caio Fábio



1.         Pensar que se algum milagre acontece é por poder do milagreiro; não levando em consideração os magos de faraó (que também sabiam fazer varas se tornarem em serpentes...); não levando a sério Mateus 7: 16-24, onde Jesus diz que milagres, curas e exorcismos acontecem pelo Seu nome, apesar do milagreiro ser para Ele, Jesus, um desconhecido.
2.                  Pensar que toda ação contra os que se dizem “ungidos do Senhor” é perseguição do diabo; sem verem que, muitas vezes, é a manifestação da ira de Deus pelas blasfêmias cometidas pela manipulação do nome de Deus contra o povo; e em proveito próprio. Deus não faz parte de nenhuma quadrilha.
3.         Não saberem fazer distinção entre o nome “Jesus” e a pessoa de Jesus; o que faz com que celebrem um nome que não tem correspondência com a pessoa de Jesus, com Seu ensino e com Sua prática. É como chamar o diabo de Jesus e achar que por causa disso ele virou Jesus.
4.         Iludirem-se com sugestões psicológicas de massa, sem verem que não houve milagre, mas apenas um show de sugestão. Tem mágico andando sobre as águas (Nunca viu?). Se fizessem isso em nome de Jesus os crentes os adorariam...
5.                  Dizerem amém a qualquer coisa que venha seguida de pulinhos e de glória a Deus. Assim, tanto dizem amém para o que eu digo como também para o que o Macedo ou o Paipóstolo dizem. Quem diz amém para eles, não diga amém a mim; pois, não andamos nos mesmos caminhos; e nem cremos nas mesmas coisas.
6.         Acharem que a Obra do Espírito Santo derruba pessoas no chão, ao invés de verem que, com Jesus, quem caiu estava possesso, e não cheio de Deus; pois, a plenitude de Deus dá sobriedade e lucidez; e não produz desmaios em série industrial — a lá Benny & Cia.
7.          Confundirem gritaria e histeria com unção. Assim, quem grita e faz ousadas asseverações é ungido, não importando a loucura que fale.
8.         Acharem que Unidade no Corpo de Cristo é um acordo mafioso de silencio ante o que é mal e nega o espírito do Evangelho. Assim fazem por não conhecerem nem os evangelhos e nem Paulo.
9.         Crerem que tudo o que é falado atrás de um púlpito vira Palavra de Deus. E depois combatem a mesa branca dos espíritas; quando, de fato, eles são o povo do púlpito branco; que é um espiritismo sem transe, mas cheio do transe da arrogância e da burrice.
10        Darem mais importância a pecados pessoais do que aos pecados coletivos; e que são aqueles que pervertem a mensagem do Evangelho; a consciência do povo; e que são praticados por aqueles que se aproveitam da ignorância do povo para construir impérios pessoais; os quais, são vistos pelo povo como “direito do ungido” em razão da pessoa falar o nome J-e-s-u-s.
É por tais coisas que o caos se instala; e todo lobo vira apóstolos dos incautos!
Enquanto for assim, assim será. E nenhuma esperança haverá.
Lamento informar, mas, enquanto for assim, não há Evangelho entre os “evangélicos”.
Esse é o espírito do paganismo!
Quem dele se salvará?
Nele, que não se impressiona com o uso de Seu nome, mas apenas com a obediência em fé à Sua Palavra,
Caio
08/02/07
Lago Norte
Brasília

sábado, 12 de novembro de 2011

Arrependimento não MATA!



METANÓIA*

A essência da mensagem de Jesus Cristo é: "O Reino de Deus está próximo. Arrependam–se e creiam nas boas novas!". Quando Jesus diz que o Reino de Deus está próximo, não está querendo dizer que vai chegar daqui a pouco, como quem fala de uma proximidade em termos de tempo. O que ele está dizendo é que o Reino de Deus está acessível: "Basta levantar a mão e você vai esbarrar no Reino de Deus". Em outras palavras, Jesus estava prometendo acesso a uma realidade vivencial. Reino é o ambiente em que a vontade de seu soberano é exercida sem restrições e resistências. Jesus está dizendo que o ser humano pode fazer parte do Reino de Deus, isto é, o ambiente em que as coisas funcionam do jeito de Deus ou, se você preferir, em que a realidade humana está harmonizada com a realidade divina, sendo as duas uma somente. Isso explica a convocação do evangelho ao arrependimento. Arrependimento vem da palavra grega metanóia, geralmente traduzida como "mudança de mente", mas que, de fato, significa algo mais profundo, como, por exemplo, expansão da consciência, capacidade de enxergar as coisas de outro prisma ou mesmo de enxergar as coisas de perspectiva mais completa. Metanóia é a experiência que nos possibilita dizer: "Mudei, já não penso mais assim, já não consigo ver as coisas desse jeito", e consequentemente, redefine nossos valores e prioridades. Metanóia faz–nos mudar de atitude e de comportamento. Por essa razão, metanóia, é arrependimento, mudança de rota, meia volta. Quem se arrepende, abandona uma direção e toma outro rumo. Diferente de remorso, que é apenas uma tristeza em relação ao caminho que está sendo trilhado, o arrependimento implica transformação – mudança nas atitudes e na disposição da vontade.

Nesse caso, cabe perguntar de que o ser humano precisa arrepender–se, senão de sua rebelião em relação a Deus e a seu Reino. O ser humano deve arrepender–se de tentar viver às expensas de seus recursos próprios, em pretensa independência da fonte da vida–Zoe?: "Se alguém quiser acompanhar–me, negue–se a si mesmo, tome a sua cruz e siga–me. Pois quem quiser salvar a sua vida, a perderá, mas quem perder a sua vida por minha causa, a encontrará", disse Jesus. Por causa disso, os apóstolos compreenderam que viver no Reino de Deus era viver em sujeição a Jesus: "Porque estamos convencidos de que um morreu por todos; logo, todos morreram. E ele morreu por todos para que aqueles que vivem já não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou".

Texto extraído do Livro “vivendo com Propósitos” de Ed René Kivitz, p.90.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

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Deus abençoe tod@s vocês.

 
Fonte: blogger


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