terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Unidade Evangélica ou Márfia?

Este texto do Rev. Caio continua atual e provocativo
“... Pessoalmente, fico perplexo quando vejo as mais lindas palavras de ordem do clamor pela unidade serem esvaziadas de seu conteúdo e enchidas com valores totalmente contrários ao evangelho do Senhor Jesus. Unidade biblicamente significa a vivência do amor generoso que respeita e afirma diferenças, mas que converge fraternalmente para a prática da missão que nos é comum, tendo a palavra da Verdade como elo vinculador, foi transformado em imperativo estratégico, motivado pela necessidade de mostrar força política que impressione a sociedade, a mídia, os políticos e os que podem dar e receber em eventuais negócios com os ‘donos de igrejas.’ Corpo de Cristo, no N.T. (Novo Testamento) encera a ideia de organicidade carismática e de vinculação essencial uns aos outros pelo Espírito Santo e seus dons, acabou virando senha maçônico-evangélica, palavra de ordem que caracteriza a entrada ao corporativismo da religião, onde valores, princípios, verdade e coerência não têm nenhuma importância. Tudo o que vale é a certeza de que, fazendo parte daquela Confraria Evangélica, os seus membros podem mentir, roubar, enganar, manipular, e tudo mais, pois o Corpo jamais virá contra tais procedimentos. Uma vez no Corpo, não há amputações. O dedo pode estar podre, mas o corpo morrerá com ele e confessará solidariedade à gangrena e sempre dirá que qualquer tentativa de extirpar a podridão será encarada como quebra da harmonia do sistema.
Até onde consigo enxergar, percebo que a Máfia funciona assim; mas não é assim que as coisas devem ser no verdadeiro Corpo de Cristo (Mt. 5:29-30).”
D’ARAÚJO, Caio Fábio, Filho. Igreja Evangélica e o Brasil: Profecias, Utopias e
Realidade. Niterói, RJ: Proclama Editora e Distribuidora (Ministério Síntese), 1997. p. 33-35
Digitado por Jonas Lima da Silva em 30-12-2010
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